O Living Theatre foi fundado em Nova York, no ano de 1947. Durante sua trajetória, foram encenadas mais de oitenta peças em oito idiomas, somando ao todo 25 países visitados.
O grupo teve como algumas de suas referências o teatro político de Bretch e de Piscator. Com base em seus anseios de transformação social criaram uma forma de teatro radical, pertencente à contracultura sessentista americana.
Após uma denúncia anônima, a polícia política invade a casa onde moravam os integrantes do Living Theatre em Ouro Preto. Encontram medicamentos, vitaminas, livros "subversivos" e o mapa da cidade, o que para a polícia foi considerada a evidência de guerrilha.
Foram expulsos do país em 1971. A absolvição do grupo ocorreu um ano depois por insuficiência de provas.
Em 1971 Ouro Preto,cidade ícone da cultura hippie, foi alvo de forte repressão por parte do regime militar.
Nesse mesmo ano, a convite do Festival de Inverno, o Living Theatre prepara um novo projeto, inspirado no conceito de "cidade saturada". O trabalho que reunia cerca de 150 cenas feitas com os atores e com a própria comunidade, valorizando a sua região, sua cultura, valores e seus talentos não foi apresentado.
Em 2011, o Fórum das Letras de Ouro Preto promoveu a leitura dramática de trechos do Diário de Judith Malina e Julian Beck, seguido de um Ato Público em memória das vítimas do regime militar no Brasil.
As histórias mostram a formação do grupo de teatro Living Theatre nos Estados Unidos, sua mudança para o Brasil, a permanência na cidade de Ouro Preto, até a prisão de seus componentes pela ação da política do regime.